"Compartilhando Experiências: Superando Desafios e Ampliando Horizontes"

Neste espaço, pode-se escrever as experiências boas e ruins como uma forma de compartilhar nossas dificuldades ao trabalharmos em um país onde as leis e decretos frequentemente não passam do papel. Quando criei este blog, meu objetivo era desabafar a frustração que sentia ao ver tantos alunos em Goiânia sem intérpretes de Libras devido ao descaso do governo. No entanto, logo percebi que poderia ir além e comecei a publicar textos de pessoas que nem conhecia, mas que gostei de ler. Acreditei que compartilhar esse material seria útil para outras pessoas em suas pesquisas. Surpreendentemente, meu blog teve um acesso significativo em pouco tempo, considerando que foi criado em abril de 2011. Gostaria de expressar meu agradecimento a todos que têm visitado este blog. Espero ter ajudado e contribuído de alguma forma. Se você tiver um texto para compartilhar, envie-me, pois eu o postarei, o que também será uma ajuda para mim. E-mail: regisneia@gmail.com

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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

EPILEPSIA

Imagem Google Cérebro 3D

EPILEPSIA  

(Gustavo Mauro Witzel Machado)

           Crise convulsiva: 

          «Termo usado para designar um episódio isolado.» 

           Distúrbio convulsivo: 

         «É um distúrbio crônico e recorrente, (epilepsia).»  
 
EPILEPSIA / CONVULSÃO – ATAQUE EPILÉPTICO

            Sinônimos: epilepsia significa  ter um ataque, finar-se; desmaio com tremor
Epilepsia é uma doença neurológica crônica podendo ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, frequência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial.
Uma crise convulsiva é uma descarga elétrica cerebral desorganizada, que se propaga para uma ou todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda atividade cerebral.
Pode se manifestar como uma alteração comportamental, na qual o indivíduo pode falar coisas sem sentido, por movimentos estereotipados de um ou mais membros, ou mesmo através de episódios nos quais o paciente parece ficar “fora do ar”, no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem contato com o ambiente.
A descarga elétrica neuronal anômala que geram as convulsões podem ser resultante de neurônios com atividade funcional alterada (doentes), resultantes de massas tumorais, cicatrizes cerebrais que um dia foram processos infecciosos (meningites, encefalites), isquêmicos ou hemorrágicos (acidente vascular cerebral), ou até mesmo por doenças metabólicas (doenças do renais e hepáticas), anóxia cerebral (asfixia) e doenças genéticas

Imagem Google
 
AVC = DERRAME = AVE
AVC= ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
AVE = ATAQUE VASCULAR ENCEFÁLICO
 
Como se desenvolve? 

Podem ser desencadeadas por um estímulo visual, auditivo, ou mesmo por algum tipo específico de imagem. Nas crianças, podem surgir na vigência de febre alta, sendo esta de evolução benigna, muitas vezes não necessitando de tratamento.
Nem toda crise convulsiva é caracterizada como epilepsia. Para tal, é preciso que o indivíduo tenha apresentado, no mínimo, duas ou mais crises convulsivas no período de 12 meses, sem apresentar febre, ingestão de álcool , intoxicação por drogas ou abstinência, durante as mesmas.
      
Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado pelo médico neurologista através de uma história médica completa, coletada com o paciente e pessoas que tenham observado a crise. Além disso, pode ser necessário exames complementares como eletroencefalograma (EEG) e neuro imagem, como tomografia e/ou ressonância magnética de crânio.  

INCIDÊNCIA  

0,2 a 0,8% das convulsões aparecem nos dez primeiros dias de vida, sendo a sua maioria na primeira semana (29 e 32 dia de vida). 

SINTOMATOLOGIA 

É de difícil observação, resumindo-se às vezes, a apenas um piscar de olhos, uma recusa alimentar, alterações do tónus, apneia ou espasmos dispneicos.

Sinais de crise no Recém Nascido:  Movimentos de rotação da cabeça, olhar fixo e respiração irregular; Espasmos tónicos das extremidades; Tremores, finos e prolongados das extremidades;
 Movimentos de pedalagem dos membros; Períodos de hipotonia acentuada em fase pós critica;
 Hiperatividade e alterações do sono; Reflexo de moro espontâneo; Alterações da respiração;
Alterações da deglutição; 

Imagem Google bebê sendo examinado

ETIOLOGIA

As causas são múltiplas.
Cerca de 90% das convulsões no Recém-nascido são devidas a:
      Hipoglicémia - nas primeiras 48 horas de vida;
      Hipoxia - nas primeiras 48 horas de vida;
      Traumatismos de parto - nas primeiras 48 horas vida;
      Hipocaliémia ou hipomagnesémia - nas primeiras 72 horas de vida;
Depois da primeira semana de vida as infecções e problemas genéticos são as principais causas de convulsão.  
                                                       
CLASSIFICAÇÃO DAS CONVULSÕES 

CONVULSÕES PARCIAIS OU FOCAIS 

Neste tipo de convulsão, há uma descarga elétrica anormal, proveniente do foco epileptogénico, limitada a uma região mais ou menos circunscrita do córtex cerebral. As áreas que são mais frequentemente afetadas são:
      o lobo frontal,
      temporal e
      parietal.

Convulsões Psicomotoras 

O ataque apresenta um período de comportamento alterado, amnésia, e é incapaz de responder ao ambiente. Não há perda de consciência, no entanto, não se lembra do seu comportamento. Depois da crise, normalmente, segue-se um período de sono ou sonolência

Convulsões febris 

São distúrbios transitórios associados à febre.
      Afetam 3 a 5% das crianças;
      Afeta normalmente crianças entre os 6 meses e os 5 anos;
      Na maioria dos casos acontece quando há uma elevação rápida da temperatura acima dos 38,9ºC;
      Normalmente não há compromisso neurológico. 

Convulsões de grande mal (motoras principais) 

Caracterizam-se por duas fases completamente distintas.
Fase Clónica:
       Reviramento ocular;
       Perda imediata de consciência;
       Contracção generalizada e simétrica de toda a musculatura corporal;
       Braços flectidos;
       Pernas, cabeça e pescoço estendidos;
       Poderá emitir um grito;
       Dura aproximadamente 10 a 20 segundos;
       A criança apneica pode tornar-se cianótica.
Fase Tônica:
       Movimentos violentos, rítmicos e involuntários;
       Pode espumar pela boca;
       Incontinência urinária.
      À medida que a crise vai cedendo, os movimentos tornam-se menos intensos e com intervalos maiores. Dá-se um relaxamento corporal e segue-se uma fase de sonolência.

Imagem Google correntes elétricas cerebrais
Pequeno mal 

Caracteriza-se por uma perda breve de consciência. Podem passar despercebidas, o comportamento sofre poucas alterações. É frequente entre os 5 e os 9 anos de idade. Pode haver alteração do tónus muscular, e a criança deixa cair pequenos objectos, no entanto raramente cai. Não ha incontinência. 

Primeiros Socorros 

Ao se deparar com uma criança em crise convulsiva, primeiramente, deve-se manter a calma.
A maneira mais correta para socorrê-la é, limpar a área em volta, protegê-la para que não bata a cabeça no chão; girar a cabeça da criança para o lado direito, já que para este lado, tem-se como resultado a melhor liberação das vias aéreas; pode ser colocado uma frauda ou tecido nos molares do lado esquerdo para que o vômito ou baba saia; nunca tentar puxar a língua para fora (desenrolar a língua), pois a pessoa em crise vai mordê-la e machucar a própria língua.
Caso a crise ultrapasse 10 minutos levá-la a um pronto socorro.

Imagem Google Primeiros Socorros para Convulsão


Todos os direitos reservados ao professor Gustavo, fiz algumas correções e coloquei algumas ilustrações, espero que tenham gostado e postem um comentário.

Imagem Google pés de mãe e filho descalço